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Tratamento da fibrose cística

O tratamento da Fibrose Cística difere entre os pacientes, de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados e os órgãos do corpo afetados pela doença. O tratamento pode ser bastante complexo, exigindo muita disciplina, dedicação e tempo dos pacientes e de seus familiares, que também são participantes fundamentais no tratamento ao longo dos anos.

O primeiro passo para o sucesso do tratamento da Fibrose Cística é entender a doença, as alterações que ela causa no corpo e porque é tão importante seguir as recomendações médicas corretamente. A boa relação dos pacientes e familiares com os médicos e os outros profissionais da saúde envolvidos no controle da Fibrose Cística é essencial. Para que haja adesão ao tratamento, é preciso que haja espaço para o diálogo e confiança.

É também fundamental ter em mente que graças aos avanços nos cuidados e tratamentos, as pessoas com Fibrose Cística têm vivido cada vez mais e melhor. Para isso, podem contar com acompanhamento multidisciplinar, que envolve uma série de profissionais como pediatras, clínicos gerais, pneumologistas, gastroenterologistas, radiologistas, geneticistas, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros.

Em geral, o acompanhamento do tratamento dos pacientes é realizado em clínicas especializadas e centros de referência em Fibrose Cística. O tratamento da Fibrose Cística vai muito além da administração dos medicamentos, exigindo a prática regular de atividades físicas regulares e fisioterapia respiratória, por exemplo.

Além disso, deve haver atenção especial à alimentação dos pacientes com Fibrose Cística, que precisa ser hipercalórica e hiperproteica, para suprir às altas demandas por energia do corpo, bem como as deficiências na absorção de nutrientes e vitaminas provocadas pela doença. Esse cuidado é essencial, pois evita a desnutrição e possibilita o crescimento saudável da criança para a vida adulta.

Entre os medicamentos utilizados para o tratamento da Fibrose Cística estão medicamentos inalatórios (broncodilatadores, antibióticos em pó ou solução, mucolíticos como a dornase alfa e soluções salinas); medicamentos de uso oral (antibióticos, anti-inflamatórios, enzimas pancreáticas, suplementos nutricionais, medicamentos para diminuir a acidez do estômago e para aumentar a fluidez da bile no fígado), além de tratamentos com antibióticos intravenosos durante internações.

Uma vida ativa, com prática de exercícios deve ser sempre estimulada, e a fisioterapia respiratória é um componente essencial do tratamento da fibrose cística, utilizando alguns dispositivos e exercícios respiratórios para auxiliar na remoção de muco dos pulmões. Em casos mais graves ou de doença muito avançada, a possibilidade do transplante de pulmão pode ser considerada.
 

A importância da Reabilitação Pulmonar no tratamento da Fibrose Cística

A reabilitação pulmonar é um tipo de fisioterapia, que pode ser recomendada para pessoas com Fibrose Cística. A reabilitação neste caso consiste em séries de exercícios adaptados às capacidades e necessidades de cada paciente, a fim de ajudá-los a melhorar controlar sua respiração e ter mais qualidade de vida.

Em geral, as pessoas com Fibrose Cística devem fazer a Reabilitação Pulmonar diariamente. É importante lembrar que a reabilitação pulmonar não substitui a adesão ao tratamento medicamentoso, pois se trata de terapia complementar.
 

Alimentação e a Fibrose Cística

As pessoas com Fibrose Cística precisam ter cuidado especial com a alimentação. É recomendada a ingestão de alimentos hipercalóricos e hiperproteicos (ou seja, com muitas calorias e muitas proteínas), a fim de compensar a perda de nutrientes que não são absorvidos no intestino. A ingestão de muitos líquidos também é recomendada.

Para manter uma boa nutrição, o ideal é que sejam realizadas no mínimo três refeições ao dia, além de lanches entre cada refeição. A lista de alimentos indicados inclui:

  • gordurosos: manteiga, margarina, sorvete e chocolate;
  • ricos em açúcar: geleias, pudins e doces em geral;
  • leite se seus derivados: como queijos e iogurtes;
  • ricos em amido: massas, arroz e pães;
  • hiperproteicos: peixes, ovos e carnes;
  • ricos em minerais: frutas e vegetais.